janeiro 17, 2025

"UBUNTU" - O INFINITO DA ALMA - Newton Agrella


É extremamente revigorante quando conseguimos abstrair com intensidade o significado de fraternidade, de compaixão, de entrega e de igualdade, sobretudo quando nos deparamos com os exemplos e ensinamentos que comunidades quilombolas aqui no Brasil  conseguem nos transmitir, através de um sistema ético, moral, cultural e social que se traduz pelo substantivo "Ubuntu".

Numa série veiculada através do Canal Futura, conseguimos entender um pouco mais, o complexo processo de sobrevivência econômica dos descendentes de negros que sofreram as inomináveis agruras da escravidão, e o modo como conseguem preservar seus valores culturais, religiosos e políticos, tais como o direito à terra , a resistência a invasões de seus territórios, e mantendo a produção comunitária como sua força básica de sobrevivência.

Utilizada pelos falantes das línguas Zulu e Xhosi, ambas da família da língua Bantu, faladas no sul do continente africano, a  palavra "Ubuntu", não traduzível literalmente, sugere a ideia e o conceito  de "humanidade para com os outros";  algo como "doar-se sem enfraquecer".

O  termo exprime a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade. 

Algo como se disséssemos: "...a minha humanidade está intrinsicamente ligada à sua humanidade".

É justamente essa noção de fraternidade, que de algum modo, pode ser comparada à Maçonaria.

Essa entrega fraterna simboliza compaixão e abertura de alma e espírito e se opõe diametralmente ao individualismo.

Do ponto de vista ético, o conceito do Ubuntu reafirma a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, assumindo-se uma ética humanista.

A simbologia do Ubuntu se manifesta através de "pessoas de mãos dadas formando um círculo".

E sua alegoria é interpretada num enredo que sugere os princípios da liberdade, da cooperação, da precisão e da confiabilidade. 

Essa alegoria ainda revela os conceitos de “Humanidade para os outros” ou “Sou o que sou pelo que nós somos”.

O Ubuntu se manifesta ainda como um comportamento e uma forma de vida que encontra suporte na conduta moral, na noção de religiosidade, de reafirmação das origens e sobretudo no orgulho de uma história marcada pela resiliência, força, determinação e de uma luta sem fim pelos direitos à igualdade.

Nunca é demais lembrar que somos todos seres humanos, partículas do universo, passivos de dor, de amor, de erros e de acertos e que nosso valor não se traduz pela origem, pela raça ou pela cor.



LIBERDADE DE PENSAMENTO - Raimundo Rodrigues


Quando dizemos que a Maçonaria é uma Escola de filosofar, assim o fazemos porque entre nós se exige estudo, pesquisa, meditação.

No entanto, não tememos afirmar que nossa Ordem é fundamentalmente filosófica, uma vez que ela tem por mira alcançar um ideal superior.

A beleza do filosofar maçônico está no estudo comparativo dos sistemas filosóficos que a história nos proporciona.

A Maçonaria não se prende a uma escola ou a um determinado sistema, porque se tal o fizesse estaria tirando a liberdade de de pensamento de seus membros, obrigando-os a seguir um único e mesmo caminho.

Haveria, então, é de supor-se, uma verdadeira lavagem cerebral.

Se tal ocorresse mais cedo ou mais tarde, nossa Ordem ou se desvirtuaria ou desapareceria.

O Maçom tem inteira liberdade de interpretação, pois o símbolo permite exegese variada e, muitas vezes, desigual.

Se houver uma uniformidade obrigatória de interpretação, isto seria um verdadeiro atentado contra um dos sagrados postulados que ela prega: liberdade.

Portanto, é impossível, maçônicamente, alguém pretender fixar determinada corrente ideológica.

A preocupação maçônica pelo ser, pelo conhecer, pelo alcançar a verdade, exige análises, debates, troca de ideias e, sobretudo, respeito ao pensamento alheio.

O esoterismo se sobrepõe ao exoterismo, porque os problemas interiores merecem maior atenção que os exteriores.

O Maçom deve conscientizar-se de que tem um compromisso consigo mesmo, com o seu pensar, com o que fazer de sua vida maçônica.

Ele não pode prescindir de si próprio, não pode prescindir de seus direitos e, sobretudo, de seus deveres, porque se o fizer, estaria negando-se como ser, como homem, como Maçom.

Não podemos escapar da grande verdade de que o saber humano, mormente o saber filosófico – vem do homem, pelo homem e para o homem.

Devemos ter sempre diante dos olhos esta verdade: a Maçonaria proporciona aos seus membros os meios necessários para que adquiram o saber.

Infeliz do Maçom que disto não se aperceber...

É necessário, no entanto, que tenhamos a melhor boa vontade em assimilarmos tudo àquilo que ela põe ao nosso dispor, não só para adquirirmos o saber, mas também para alcançarmos aquele Grau de educação maçônica que nos projetará como verdadeiros e autênticos Maçons.

Do livro A Filosofia da Maçonaria Simbólica – Vol. 1,Londrina : A Trolha, 1999,

janeiro 16, 2025

A AGENDA PERDIDA DOS MAÇONS NEGROS - Carlos Nobre e Mauro Justino



Um dos capítulos memoráveis da história brasileira é a relação da Maçonaria com a comunidade negra. A instituição dos pedreiros livres teve (e tem) grandes quadros negros. Ela organizou a luta pela libertação do país em diversos momentos históricos - desde dos fins do século XVII quando chegou ao Brasil - e se fortaleceu institucionalmente ao  lutar por mais de 50 anos pela libertação escrava  que culminou em 13 de maio de 1888 com a assinatura da Lei Áurea. Este ano a lei que libertou os escravos completa 115 anos de existência, após ser assinada pela Princesa Isabel, sob influência dos ministros maçônicos do Império já enfraquecido pelo ideário republicano.

Para se ter uma ideia, o famoso trio abolicionista  do século XIX – os mulatos André Rebouças, José do Patrocínio e Luiz Gama – eram maçons em lojas cariocas e paulistas. Foram eles que fundamentaram a cultura da libertação dos negros através de artigos, manifestos, atos públicos,  conquista de adeptos para a causa e com discursos inflamados país afora. 

Com apoio maçônico, o trio afrodescendente ligou seus nomes  definitivamente à causa da libertação negra. Essa luta contou com a participação na época de quase todas as lojas maçônicas espalhadas pelo país. Considerado um dos pioneiros da engenharia brasileira, Rebouças foi um dos maiores panfletários da causa negra na antiga Escola de Engenharia do Largo do São Francisco e criador de vários jornais abolicionistas. 

No mesmo ritmo de Rebouças, o jornalista José do Patrocínio percorria o país conclamando os irmãos maçons  a aderirem a causa da libertação. Já o advogado Luiz Gama, filho de Luiza Mahin, uma das líderes femininas da Revolta dos Negros Islamizados de Salvador, em meados do século XIX, escrevia poesias e discursos de forte impacto visual para fortalecer a causa da libertação. 

Tido como mulato, o advogado Rui Barbosa, uma das grandes figuras públicas do Brasil do final do século XIX, foi  acusado de ter ordenado a queima de documentos referentes às origens dos escravos no Brasil, e com isso,  dificultou a recuperação da identidade afro-brasileira.

Barbosa, no entanto, como maçom da Loja América, de São Paulo, talvez tenha produzido um dos documentos mais percucientes do movimento abolicionista.     Em 7 de julho de 1868,  segundo  Tenório de Albuquerque, autor de “A Maçonaria e a libertação dos escravos”,  na Loja América,   onde também pontificou Luiz Gama,  Barbosa leu o seu “Projeto de Abolição”, cuja cópia foi reproduzida em suas obras completas.  Este projeto, segundo  Tenório de Albuquerque, entre outras medidas,  previa que a Maçonaria, dali por diante : 1. Deveria lutar pela emancipação do escravo e criar meios para educá-lo para novas tarefas em nova sociedade, de fundo capitalista onde o trabalho era assalariado e não escravo. 2. Todas as lojas maçônicas atuais e futuras não receberiam tal título se não adotassem a luta pela emancipação dos escravos. 3. Todas as lojas deveriam criar um fundo especial para comprar alforrias de crianças escravas, e mesmo de adultos. 4. Todas as lojas deveriam criar escolas diurnas e noturnas para a educação dos ex escravos, como forma de reparação pelo crime do escravismo. 5. A partir daquele momento, ninguém seria iniciado na ordem  se tivesse escravos ou ligação com os traficantes.

Divulgadas em outras lojas, o “Projeto de Abolição “ de Barbosa acabou influenciando as demais unidades maçônicas espalhadas pelo Brasil. No Amazonas, a Maçonaria comprou um jornal, assumiu sua direção e passou a veicular a luta abolicionista através de artigos e estudos. No Ceará,  o então governador maçom Sátiro Dias, assinou decreto extinguindo a escravidão naquele estado, em 1884. Era o primeiro estado brasileiro a libertar os negros quatro antes da Lei Áurea, que acabou sendo decretada em 13 de maio de 1888 após intenso trabalho dos abolicionistas. 

Uma das indagações mais intrigantes hoje é saber porque  não vingou a agenda reformista dos maçons negros e de outros abolicionistas na sociedade brasileira, isto é, porque não houve a reforma social prevista por Barbosa, Rebouças, Gama, Patrocínio, Nabuco de Araújo, Pimenta Bueno, Eusébio de Queiroz  e outros nomes de destaque das lutas sociais do século XIX ?  Todos esperavam que,  após 1888, o estado brasileiro iria implementar as políticas previstas pelo movimento abolicionista, mas o quê foi implantado diferiu completamente do estabelecido na agenda dos maçons negros. 

Passados 115 anos da libertação,  a situação da comunidade negra permanece inalterada. A agenda dos maçons negros foi perdida e urge reencontrá-la. Essa agenda anos pedia que fosse implementadas para o ex-escravo a reforma agrária, educação integral, criação de centros de saúde, políticas especiais para crianças, qualificação da mão de obra, desenvolvimento comunitário, reivindicações tão comuns hoje, que, parece fora de foco retomar a discussão dessas antigas pautas reformistas que vez em quando vivem nos assustando. 

*Carlos Nobre é professor da PUC- Rio e Mauro Justino é sociólogo. 


EM ITÁLICO E NEGRITO - Roberto Ribeiro Reis


O destaque vai para quem vai à luta,

O Irmão que desde cedo já labuta,

Visando o aprimoramento interior;

Obreiro no qual sempre acredito,

Nome marcado em itálico e negrito,

Pelas conquistas lhe dão o seu valor.


O amor é a Luz que vem do infinito,

A bênção do Eterno (e isso tenho dito)

Provando dessa vida com gratidão;

Seja no Oriente, Sul ou coluna do norte,

A Maçonaria é a nossa grande sorte,

Que nos retira o véu da escuridão.


Essa menção honrosa vai ao Obreiro,

Que não se desvia do caminho certeiro

Consegue chegar ao destino que precisa;

Sua espada o sangue jamais derrama,

Pois é pelo verbo que vem a sua fama:

A conduta irretocável em que se baliza.


O Maçom é discreto e, anonimamente,

Tem deixado o mundo mais diferente,

Com a ideologia que alude à liberdade;

Não tem a vaidade que precisa aparecer,

E quando em Loja ele só deseja crescer,

Pois assim também cresce a humanidade!




 

TRIGO, VINHO, ÓLEO E SAL - D.H.C.


Trigo, Vinho, Óleo e Sal na Cerimônia de Consagração

Há vários casos na Bíblia em que todos os quatro “elementos” são mencionados juntos em uma única frase, por exemplo em Esdras, 6:9, “trigo, sal, vinho e óleo…” e novamente em Esdras, 7:22, e em I Esdras, 6:30. Nas nossas cerimônias de consagração da atualidade, esses “elementos” devem a introdução, quase que certamente, ao seu uso nos tempos bíblicos como oblações, oferendas e sacrifícios sem sangue, como no Templo. Trigo, Vinho e Óleo são mencionados em Deuteronômio, 11:14, entre as recompensas para os que seguiam os mandamentos de Deus. Eles também eram considerados as necessidades primárias da vida diária, daí o seu uso entre os hebreus como oferendas de agradecimento e sacrifícios (não animais).

O sal também é relacionado com o sacrifício, mas possui uma variedade de significados simbólicos na Bíblia. O seu uso é determinado em Levítico 2:13.

Salgarás todas as tuas oblações… Porás, pois, sal em todas as tuas ofertas.

Cruden, na sua Concordance, interpreta o Sal, nessa passagem, como um símbolo de amizade, e na Idade Média era costume na Europa e no Oriente Próximo receber visitantes distintos em uma vila ou cidade com Pão e Sal.

Como o Sal ajuda a preservar da corrupção e é imune ao apodrecimento, ele tornou-se símbolo da incorruptibilidade. Brewer, Dict. of Phrase and Fable, chama-o de símbolo da perpetuidade e essa associação do Sal com a ideia de permanência aparece frequentemente na Bíblia:

Esta é uma aliança de sal, que vale perpetuamente diante do Senhor…” (Números 18:19).

Rashi, um dos maiores comentaristas hebraicos, disse o seguinte dessa passagem:

Assim como o sal nunca apodrece, a aliança de Deus… irá perdurar”.

Em um tema mais próximo à Maçonaria,

“O Deus de Israel deu para sempre o reino… para Davi por uma aliança de sal” (2 Crônicas 13:5)

Aqui, mais uma vez, a ideia da permanência é enfatizada e esse é, sem dúvida, um dos principais motivos para o uso do Sal nas nossas cerimônias de consagração maçônica. Pelo que sei, o tema da preservação e permanência não costuma ser mencionado pelo Oficial Consagrador, mas em alguns dos numerosos memoriais de Consagração na nossa biblioteca, o verso cantado, antes que o Sal seja usado na cerimônia, é o seguinte:

Derramamos sal sobre nosso labor,

Divisa de Teu poder conservador,

Em Tua presença oramos, Senhor,

De nosso templo sede o protetor

Pode ser interessante reproduzir as explicações simbólicas dos elementos, como foram fornecidas na cerimônia de Consagração inglesa.

Trigo (Ar): símbolo da Abundância.

Vinho (Água): símbolo da Felicidade e Alegria.

Óleo (Fogo): símbolo da Paz e Unanimidade.

Sal (Terra): símbolo da Fidelidade e Amizade.

O simbolismo Maçônico para os elementos parece ter variado consideravelmente em diferentes épocas e locais. C. C. Hunt, na sua obra Masonic Symbolism (Iowa, 1939, pp. 100, 101), cita o relato de uma cerimônia de pedra fundamental na década de 1920, na qual o Grão-Mestre Provincial de Nottinghamshire oficiou, naquela ocasião, o Óleo como “emblema da caridade”, e o Sal, “emblema da hospitalidade e da amizade”. O mesmo escritor nota os poderes curativos e purificadores do Sal, citando II Reis, 2:20-21, em que Eliseu com um vaso de Sal “sanou as águas”. Outra referência similar em Êxodo, 30:35, “Farás com tudo isso um perfume… temperado com sal, puro e santo”.

O uso do Sal na Consagração de Lojas Maçônicas parece ser introdução moderna, provavelmente posterior a 1850. No fim da década de 1780, as descrições feitas por Preston das Cerimônias de Dedicação mencionam Trigo, Vinho e Óleo, mas nunca Sal. Além disso, o Irmão T. O. Haunch, Bibliotecário da Grande Loja, verificou um certo número de descrições das cerimônias Maçônicas de Consagração e Dedicação até a década de 1840. Nenhuma delas menciona o Sal, parecendo impossível dizer com certeza quando esse “elemento” foi introduzido. Incidentalmente, a cerimônia de Consagração praticada na Grande Loja da Escócia usa Trigo, Vinho e Óleo, mas não há menção ao Sal.

janeiro 15, 2025

ORDEM MAÇÔNICA -



1º - O vocábulo deriva do latim: Ordo, Ordinis, significando "disposição", "regra", "disciplina".

2º - A maçonaria recebeu o nome de "ordem dos maçons" e, mais tarde, "ordem maçônica", também denominada de arte real.

3º - A ordem maçônica significa uma maçonaria organizada, em todos os sentidos.

4º - Na maçonaria, tudo é "ordenado", ou seja, disposto e previsto, mercê de sua longa trajetória histórica.

5º - Dentro de uma ordem, portanto, o maçom deve acompanhar o que é organizado, previsto e estabelecido, submisso, tolerante e paciente.

Fonte: cavaleirosdaluz18.

A PAZ, A HARMONIA E A CONCÓRDIA - Dario Angelo Baggieri



Sempre vemos aos final de nossos trabalhos a assertiva : Que a PAZ, A HARMONIA E A CONCÓRDIA, sejam a TRÍPLICE ARGAMASSA, com que se liguem as nossas Obras. Me pus a meditar do porque do sentido filosófico e Esotérico dessa sequência. Porque não harmonia, Concórdia e Paz ou Concórdia, Paz e Harmonia? Ou outra forma de combinação?

Quais seriam os objetivos do doutrinador nessa sequência especial ?

Após um VITRIOL exegético que nos remeteu às escatológicas  análises , entendemos a profundidade tanto no campo filosófico quanto Esotérico da visão gnóstica e espiritualizada construída pelo doutrinador. 

Conforme a visão transformadora filosófica, a arte de viver em paz pode ser expressa em três planos:

1. No homem : refere-se à ecologia interior ou à arte de viver em paz consigo mesmo. Simultânea ou sucessivamente, corpo, coração e espírito encontrarão seu estado de equilíbrio.

2. Na sociedade : refere-se à ecologia social ou à arte de viver em paz com os outros. Basicamente, afeta os domínios da economia, da vida social e política e da cultura.

3. Na natureza : refere-se à ecologia planetária ou à arte de viver em paz com a natureza. Tem como objetivo a paz com o meio ambiente.

A pergunta que não pode calar é: como os irmãos podem construir uma estratégia que promova a paz não somente dentro de nossas lojas, família carnal , trabalho, na sociedade? Sim, pois a PAZ não pode ser Esotericamente fragmentada. Ela têm que ser GLOBAL. Assim , meus diletos irmãos, A Paz verdadeira passa por um entendimento dos conflitos, de sua natureza e uma análise criteriosa sobre como olhar a situação de conflito. Isto envolve a maneira como os irmãos e também as pessoas podem entender o conflito, como um processo natural que acontece entre nós maçons ou grupos de diferentes interesses ou necessidades e que pode ter consequências positivas ou negativas.

O processo de compreensão dos conflitos ajuda a construir o diálogo entre os diversos interesses que estão colocados não só, dentro da sociedade Maçônica, mas também na sociedade profana, de outros pequenos grupos e espaços de convivência social, como trabalho, família e amigos.

Entender os valores e posturas dos outros é uma das formas de se iniciar a construção da verdadeira paz. As pessoas podem a partir do diálogo, da prevenção, da criação de espaços de resolução, buscarem evitar situações de disputa mediante uma gestão e administração das situações de conflito.

A construção da paz é um processo onde os conflitos entre as pessoas podem e devem ser tratados de uma maneira construtiva e não violenta ou cerceativa dos direitos individuais e coletivos, pois irá assim promover um entendimento melhor entre os grupos e sociedades. 

Esta atitude pode ser vista como algo que cria um novo paradigma ao facilitar o diálogo para todas as partes. Isso faz repensar o quanto são necessárias mudanças em diversos campos dos relacionamentos, por exemplo, quanto a igualdade de gênero unida à atuação não violenta poderia promover a construção da paz.

Construir a paz não significa:

Acabar com os conflitos, mas compreendê-los e poder transformar a natureza deles. O conflito é um momento rico, quando bem compreendido, pois promove situações onde os amados irmãos e as pessoas , podem expressar diferentes possibilidades de pensar e viver. Isto coloca uma nova postura que envolve um exercício de resolução por meio do diálogo e da não-violência.

Unanimidade de visões, valores e opiniões: 

Os irmãos não irão ter que destruir aquilo que os torna um indivíduo único, os seus valores, visões de mundo e interesses pessoais. É preciso compreender que estes campos nem sempre são tão antagônicos, mas complementares. A diversidade enriquece.

Uma doutrina que regula os modos de ser: 

Mas uma estratégia adotada pelas pessoas em todo o mundo para que se possa exercer uma melhor qualidade de vida em todos os âmbitos da vida social, preservando sempre aquilo que é tão significativo: a dignidade humana.

Haveria Harmonia e Concórdia sem a Verdadeira PAZ entre os Irmãos?

Quando vemos o termo TRÍPLICE ARGAMASSA, a que nos remete o Pensamento ? Alguns diriam LIBERDADE , IGUALDADE E FRATERNIDADE.

Outros diriam: AMOR, RESPEITO E DISCIPLINA. E assim,  poderiam serem elencadas outras tríades explicativas. Mas não, o doutrinador RATIFICA: A PAZ, A HARMONIA E ACONCÓRDIA. 

Que profundidade nessa sequência que podemos dizer Metafísica/Quântica e que transpõe os mais elevados píncaros da transdescendência de toda composição do ser humano.

Respondendo a pergunta, NÃO , jamais poderia ter Harmonia e Concórdia sem a verdadeira Paz! Jamais poderemos ter Concórdia entre os irmãos se não tivéssemos a PAZ e a Harmonia como precursoras. E aqui vai o Contraditório, Se estivéssemos só em Harmonia e em Concórdia entre nós , reflitam bem , introspectivamente cada um de vós , meus caríssimos irmãos:

"ALCANÇARÍAMOS A VERDADEIRA PAZ? "

Aí surge campo para escrever um compêndio de conjecturas outras várias. Mas veremos ao final uma certeza não apenas relativa, mas absoluta de que NÃO NECESSARIAMENTE AVERDADEIRA PAZ  SERÁ CONTEMPLADA.

A Paz é a fonte de agregação, ela é a argamassa primaz, a que consegue dar alma e vida a todas as outras. É a Fonte que nos Brinda o Grande Arquiteto do Universo , como vemos em inúmeras passagens do Livro da Lei. 

Assim meus Irmãos, QUE A PAZ REINE SEMPRE ENTRE NÓS . Pois ela é a fonte da vida. A Energia da Harmonia, e a promotora de toda Concórdia, não apenas entre nós, mas em todo tipo de relacionamento na humanidade.


janeiro 14, 2025

CAFÉ NA PAREDE




TEXTO FOCADO NA SOLIDARIEDADE 

Sempre ouvi alguém dizer "café na parede". Tenho a sorte de homenagear este artigo hoje, mas não me atrevo a apreciá-lo sozinho.

 Café na parede

Um dia, sentado com amigos em um famoso café em Los Angeles, bebendo café.  Nesse momento, uma pessoa entrou e sentou-se à mesa ao nosso lado.

 Ele chamou o garçom e disse: “Duas xícaras de café, uma xícara está na parede.” A forma como ele pediu o café foi estranha. Notamos que apenas uma xícara de café foi servida, mas ele pagou por duas xícaras.  Assim que ele saiu, o garçom colocou um pedaço de papel na parede, onde se lia: Uma xícara de café.

Nesse momento, mais duas pessoas entraram e pediram três xícaras de café, duas xícaras foram colocadas na mesa e uma colocada na parede.  Eles beberam duas xícaras, mas pagaram por três xícaras e depois foram embora.  O garçom afixou um pedaço de papel na parede como antes, onde se lia: Uma xícara de café.

Parece que esse método é a norma aqui, mas nos faz sentir novos e confusos.  Mas porque isso não importava para nós, bebemos nosso café, pagamos por ele e saímos.

Alguns dias depois, tivemos a oportunidade de voltar a esta cafeteria.  Quando estávamos tomando café, entrou uma pessoa. A roupa dessa pessoa era incompatível com a classe e o ambiente da cafeteria. Ele parecia um pobre.  Ele se sentou, olhou para a parede e disse: “Uma xícara de café na parede.” O garçom respeitosamente serviu-lhe o café em sua postura habitual.

O homem bebeu o café e saiu sem pagar a conta, olhamos para tudo isso com espanto e vimos o garçom tirar um pedaço de papel da parede e jogá-lo na lata de lixo.  Nesse momento, a verdade veio à tona e o respeito dos moradores locais pelos pobres nos fez chorar.

O café não é uma necessidade básica da sociedade nem uma necessidade da vida, mas é preciso ressaltar que, quando gostamos de alguma coisa boa, talvez todos devêssemos pensar nos outros. Algumas pessoas também gostam dessas coisas, mas não têm dinheiro para isso.

Vamos falar do garçom, ele sempre sorria quando atendia os pobres.  E aquele coitado, ao entrar, não precisava baixar a dignidade e pedir um café de graça, bastava olhar para a parede.

A xícara de café paga em excesso é chamada de café pronto para usar. Você pagou por ela, mas não sabe quem vai gostar.  Este é o mundo do amor e da beleza.

 [Nota: as pessoas compram café com antecedência, para que quem não tem dinheiro possa desfrutar do calor.  Isso começou em Nápoles, Itália, e agora se espalhou por todo o mundo]

*Vamos começar colocar uma xícara de café ☕️ na parede, ou talvez um pão 🥖? Ou os dois? Ou um prato feito?*

*Iniciativa maravilhosa, solidária e fraterna!*🙏🏽🙌🏼

Compartilhe essa ideia 🥰💪 Corrente do Bem ❤️🌿💐

A "OFELIZAÇÃO" DO BRASIL - Marcelo Rates Quaranta

 

Vamos recordar? Ainda está na validade.

     Em 1968 o grande ator Lucio Mauro criou dois personagens para o programa "Balança Mas Não Cai" que ficaram famosos no Brasil inteiro: Fernandinho e Ofélia. Fernandinho era um homem rico e sofisticado que vivia constrangido pela extrema burrice da esposa Ofélia, que era interpretada inicialmente pela atriz Sônia Mamede. 

     Nesse quadro o "Fernandinho" sempre defendia a esposa diante dos seus visitantes cada vez que ela falava uma asneira imensurável, porém todas as vezes assumia que apesar de burra ela servia para satisfazer seus desejos sexuais, quando dizia que ela podia ser "atrapalhada" ou ter "um jeito burrinho", mas debaixo dos lençóis... Bom, de verdade ele dizia que naquele reino, fora da cama ela era uma jumenta e na cama uma rainha, daí as coisas se compensarem.

     O quadro era muito engraçado e quem era inteligente sabia que não se tratava de ofender pessoas simples ou com pouco conhecimento, e sim caricaturar as burras e fúteis. As pessoas simples guardam um tesouro muito grande que é a sabedoria. A Ofélia não caricaturava a mulher e sim as pessoas burras de uma forma geral, pois há por aí inúmeros "ofélios" também.

     Tempos depois o programa "Sai de Baixo" copiou o formato da Ofélia e criou a Magda (interpretada pela Marisa Orth), cujo jargão que a marcava era "Cala a boca Magda!". Magda era tão burra e tão fútil quanto a Ofélia e ainda só servia para os mesmos propósitos.

     Até aí tudo bem, porque era um humor focado nas tais caricaturas e não faziam alusão a nada conhecido no mundo real. O grande problema veio com a chamada "pátria educadora" e com a internet, que passou a criar Ofélias e Magdas às toneladas e a dar visibilidade a essas aberrações. 

.

     A política não passou incólume. Tivemos uma Ofélia encarnada numa presidente da república que nos fazia rir a cada declaração. Dilma era a própria Ofélia, e o brasileiro, sempre com vergonha, se limitava a rir das suas declarações que eram capazes de fazer os escritores do quadro da Ofélia uns meros estagiários de redação. Outro exemplo: Quem ouve parlamentares como a Talíria Petrone, Sâmia Bonfim, Janones ou Erika Kokay  sente um ímpeto de gritar "CALA A BOCA MAGDA!" - Mas foram eleitos e tristemente transformam o plenário num "citycom" que empalidece seus pares mais cultos.

     As redes sociais espalharam pelo Brasil as inúmeras Magdas e Magdos, dando visibilidade a Felipe Neto e outros seres ignóbeis que se projetaram falando as piores asneiras, e com declarações tão profundamente estúpidas, que são capazes de corar qualquer criança do Jardim I.

     No meio musical projetaram funkeiros analfabetos que além de não cantarem nada, cantam com um português sofrível e denotam apenas que o brasileiro medíocre - identificado com essa falta de cultura emanada pelos seres mais estúpidos da periferia - idolatra esse tipo de gente em vez de valorizar a verdadeira cultura. Cada um deita na cama em que cabe... Para muitos só o chiqueiro.

     Recentemente vi que uma "influenciadora digital", num total desconhecimento sobre genética, fez plástica para que os filhos nascessem bonitos. Não riam. Isso é muito triste, pois o fato de essa mula ter milhares de seguidores nos sinaliza o péssimo futuro que espera o Brasil. Olhem a quem nossos jovens seguem!

     Então, a burrice e a ignorância que antes não passavam de humor, passaram a ser glamourizadas como uma espécie de padrão no país dos filósofos do vazio (Karnal e cia) e da "pátria educadora freireana", aquele que foi o precursor de um método que converte potenciais mentes pensantes em Ofélias e Magdas reais, e isso ainda ajudado por professores formados pelo mesmo método e pelo bombardeio constante da cultura do ignóbil pelas redes sociais.

     Hoje o Brasil aplaude de pé a ignorância. Amanhã não precisará mais de soja, milho e etc.    

     Bastará plantar capim e as novas gerações estarão alimentadas.    

     Bom, pelo menos haverá segurança alimentar, já que cultura...

janeiro 13, 2025

BIBLIOSMIA (o valor de uma palavra) - Newton Agrella



Quando nos referimos aos neologismos ou seja, à criação de novas palavras que passam a fazer parte do vocabulário de uma língua, muitas vezes nos surpreendemos como elas se tornam ferramentas práticas e como atendem às necessidades de um contingente de falantes de um idioma.

Exemplo disso é o termo específico dedicado a algo, que por muito tempo nos é familiar, no que diz respeito aos sentidos humanos, como é o caso do olfato.

Mais especificamente no tocante ao "cheiro dos livros".

Sim, isso mesmo !

Há um termo particularmente denotativo que serve para descrever literalmente o prazer ou a afeição pelo cheiro deles.

Trata-se pois, do substantivo "bibliosmia".

Cabe registro que esse aroma específico dos livros é produto da interação entre os compostos químicos do papel e a tinta ao longo do tempo.

Trata-se de um cheiro que se encontra mais acentuado, sobretudo, nas páginas dos livros mais velhos.

Aqueles que repousam elegantemente nas belas estantes de uma biblioteca, ou nas simples prateleiras de um sebo, ou quando não, solenemente esquecidos num baú, num porão ou num armário de casa.

Igualmente vale lembrar que a "bibliosmia" - em seu universo semântico -  também é um termo aplicável no caso de pessoas que gostam de ler, segurar e abraçar um livro.

Por incrível que pareça, tal comportamento pode provocar uma sensação de segurança, companhia e até mesmo paixão. 

Estranho ou não, essa sensação faz parte dos atributos humanos, mais frequente do que se possa imaginar.

Aliás, a Ciência explica que esse cheiro para algumas pessoas pode remeter o cérebro a sensações plurais que mesclam: expectativa, reminiscência e até mesmo ansiedade sobre uma história que está por vir.

Explica ainda, que para alguns a bibliosmia estimula os sentidos de liberdade, libertação e até mesmo de fuga que os momentos de lazer são capazes de oferecer.

Quanto ao surgimento da palavra, a história recente dá conta sobre o seguinte:

O autor e palestrante  inglês Oliver Tearle criou o termo em Fevereiro de 2014 , e utililizou-a num Congresso, a partir da composição de dois vocábulos gregos:

 biblio - (“book” = livro)  osmia  ("smell" = cheiro).

Essa transliteração acabou dando vida a esta palavra que gradativamente vem sendo aceita e utilizada pela Academia Brasileira de Letras e aos poucos sendo incorporada ao glossário de dicionários, que a reconhecem como uma legítima expressão que a pessoa pode experienciar.

O tempo, é bem verdade que com muita dificuldade,  se ocupa de esculpir a natureza, de aprimorar a consciência e de fazer da palavra, um  instrumento cada vez mais consistente para se atingir o entendimento entre as pessoas.



janeiro 12, 2025

O SILÊNCIO E SUAS FACES - Adilson Zotovici


Sempre vejo grande impasse

Que cabal  à reflexão

Do silêncio cada face

Cada qual almejo razão


Dizem alguns que indica "classe"

Que tipifica educação

E caminho a que se passe

Da dúvida à meditação


De afeição, não bastasse,

Manifesto de aversão

E protesto o desenlace


Impróprio e grande frustração

Se ele próprio  notasse

O silencio “por omissão” !



FILHOS DAS ESTRELAS - Jorge Gonçalves


Uma das melhores palestras Maçônicas já realizadas no país.



 

RITOS MAÇÔNICOS PRATICADOS NO BRASIL


A maçonaria já praticou mais de 110 ritos, mas atualmente os principais no Grande Oriente do Brasil são: 

Rito Escocês Antigo e Aceito

Rito Moderno

Rito York

Rito Brasileiro

Rito Adonhiramita

Rito Schroeder

Rito Escocês Retificado

A cerimônia de iniciação na maçonaria é diferente de acordo com a Loja e o Rito, mas alguns elementos são comuns: 

Os membros da Loja votam para aceitar o candidato

O candidato é preparado em um cômodo adjacente, vendado e com o pé esquerdo descalço

O Mestre Venerável, o Primeiro e o Segundo Vigilantes encenam um diálogo

O candidato caminha ao redor da sala ou do altar, no sentido horário

O candidato se ajoelha em frente ao altar e jura não revelar os segredos da ordem

Os membros formam um círculo ao redor do candidato

O Mestre profere palavras de ordem e os membros batem palmas ou batem o pé direito no chão

A venda é retirada dos olhos do candidato

O candidato recebe ferramentas e um avental branco

Os maçons aprendem os preceitos em reuniões, que seguem liturgias herdadas dos construtores de catedrais medievais.

Rito Adonhiramita

Rito de origem francesa, foi substituído na França pelo Rito Moderno EM 1785, mas continuou sendo praticado no Brasil, onde foi o primeiro Rito a ser adotado.

O Rito Adonhiramita é considerado irregular por boa parte da comunidade maçônica internacional pelo fato de modificar a Lenda do Grau 03, o que fere um dos principais Landmarks maçônicos (3º Landmark de Mackey, por exemplo) que considera a lenda do Grau 03 imutável. Se não fosse pelo fato do Rito ter sido descontinuado na França, quando da adoção do Rito Moderno, o Adonhiramita seria o mais antigo ainda em prática no mundo. Porém, ele se viu encerrado em 1.773, e só foi reativado, já no Brasil, em 16/01/1838, sofrendo então grande influência do Rito Moderno, e trabalhando apenas nos Graus Simbólicos. Os Graus Superiores desse Rito só entraram oficialmente em atividade em 02/06/1973, quando da fundação de seu Supremo Conselho, aqui no Brasil, único no mundo. O Rito Adonhiramita somente é praticado no Brasil e, mais recentemente, por algumas poucas Lojas em Portugal.

Rito Brasileiro

Sonho antigo do Grande Oriente do Brasil, o Rito Brasileiro somente tornou-se realidade em 1914, pelas mãos do então Grão-Mestre do GOB, Lauro Sodré. Sobreviveu até meados de 1940, quando entrou em desuso. Somente em 13/03/1968, no auge da Ditadura Militar e de sua propaganda nacionalista, o Rito foi reativado e permanece ativo até hoje. Considerado uma cópia abrasileirada do Rito Escocês, ele também trabalha com sistema de 33 graus, sendo os 03 simbólicos e 30 graus superiores, além de também adotar a cor púrpura do REAA. O Rito Brasileiro só é praticado no Brasil.

Ritual de Emulação & Sistema Inglês Moderno

O Ritual de Emulação só trabalha nos 03 graus simbólicos. O Emulação é um dos vários rituais praticados por Lojas da GLUI, sendo o mais popular deles. Há outros como: Bristol, Stability, Oxford, Taylor’s, Humber, Logic, West End. Todos são similares entre si, visto que a GLUI apenas determina que se observem os antigos costumes por ela adotados. O GOB adotou o Emulação para reforçar seu tratado de amizade e mútuo reconhecimento com a GLUI. Porém, quando da tradução para o português, o Ritual ficou erroneamente conhecido como “de York”. Podemos chamar de “Sistema Inglês Moderno” os corpos ingleses de aperfeiçoamento, que possuem origens diferentes e trabalham de forma totalmente independente dos Rituais Simbólicos lá praticados. Entre eles, podemos citar: Mestre de Marca e Santo Arco Real, Nauta, Templários e Malta.

Rito Escocês Antigo e Aceito

O Rito Escocês Antigo e Aceito é o mais praticado no Brasil e na maioria dos países da América Latina nos graus simbólicos, e é o Rito mais praticado no mundo nos Graus Superiores. Apesar de muitos autores e Irmãos declararem que o Rito teve origem na França, isso é algo discutível. O Rito foi realmente consolidado na França, mas sua origem pode se dizer escocesa, visto que teve origem quando Carlos I, rei da Inglaterra e de origem escocesa, exilou-se com sua família e famílias nobres mais próximas (também de origem escocesa) na França. Desse nicho originou-se na França o Rito de Heredom, composto de 25 graus. Mas apenas nos EUA o Rito passou a ter 33 graus e a ser chamado de Rito Escocês Antigo e Aceito. Digamos então que é um rito criado nos EUA sobre uma base francesa com raízes escocesas. Os 33 graus do Rito Escocês são concedidos em Loja Simbólica, Loja de Perfeição, Capítulo Rosa Cruz, Conselho Kadosh e Consistório. A data-marca do REAA é 31/05/1801: fundação do 1º Supremo.

Rito Francês ou Moderno

Apesar de declarar ter sido criado em 09/03/1773, o que o tornaria o Rito mais antigo ainda praticado no mundo, o Rito Moderno foi totalmente reformulado e reescrito, e somente tomou a forma com que é praticado atualmente quando da chamada “Reformulação”, ocorrida em 1877, quando se suprimiu a crença em um Grande Arquiteto do Universo e na Imortalidade da Alma de toda simbologia, filosofia e frases do Rito. O nome foi mantido, mas a Reformulação praticamente criou um novo Rito, diferente do seu original. Essa atitude em relação ao GADU, ao Livro da Lei e à Imortalidade da Alma promovida na ritualística e leis do Grande Oriente de França foi interpretada pela GLUI como um desrespeito aos antigos Landmarks, ocasionando no rompimento das relações entre a GLUI e o GOdF, rompimento este que dura até os dias de hoje.

Rito Schroder

O Rito Schroder é um rito de origem alemã e surgiu no Brasil através da colonização alemã no sul do país. O Rito surgiu na Alemanha para substituir o Rito da “Estrita Observância” que possuía forte influência da cavalaria templária, distanciando-se assim do simbolismo da Maçonaria operativa, o que, com o tempo, gerou grande descontentamento dos líderes e estudiosos maçônicos. Foi então que o Irmão Schroder começou a escrever o Rito que acabou ficando conhecido pelo seu nome. O novo Rito foi aprovado por unanimidade na assembléia dos Veneráveis Mestres de Hamburgo no dia 29/06/1801, sendo, portanto, apenas poucos dias mais velho do que o REAA. O Rito trabalha apenas nos três graus simbólicos, e busca se desvencilhar de influências de outras doutrinas, filosofias, ordens e símbolos que não sejam oriundos da Maçonaria Operativa.

Rito de York

O Rito de York é algumas vezes chamado de Rito Americano, ou mesmo de Rito Inglês Antigo. Além dos 03 graus simbólicos, ele possui mais 10 Graus, divididos nos organismos: Capítulo do Real Arco (Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco); Conselho Críptico (Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre); Comandaria Templária (Ordem da Cruz Vermelha, Ordem da Cruz de Malta, Ordem dos Cavaleiros Templários). O Rito de York é o rito mais antigo praticado no mundo, tendo como data-marca 24/10/1797.Também é o Rito com mais membros praticantes no mundo: mais de 60% dos maçons no mundo adotam o “Monitor de Webb”, como são conhecidos os graus simbólicos do Rito de York, em homenagem ao seu autor. Já suas Comandarias Templárias são tidas como os únicos Corpos Maçônicos fardados da atualidade. Alguns irmãos brasileiros confundem o Rito de York com o Sistema Inglês Moderno, o qual possui alguns graus similares. Porém, o Sistema Inglês é bastante diferente, não possuindo um formato de escada como ocorre no Rito de York, Escocês e vários outros ritos.

Fonte: Filhos De Salomão 90